quinta-feira, 3 de julho de 2008

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PROJETO DE PESQUISA
Alunas: Cássia Marques S. da Matta e Larissa Cavalcante de Campos
Aquecimento global:Duas visões

• O trabalho se dedica à análise de duas reportagens, ambas sobre o aquecimento global. São elas:
• “O fim do gelo”, National Geographic Brasil, junho/2007.
• “Aquecimento global: Os sinais do apocalipse”, Revista Veja, 21 de junho de 2006.
Aquecimento global: duas visões


• O objetivo é analisar comparativamente duas reportagens sobre aquecimento global a fim de constatar as convergências e divergências entre ambas.
Por quê aquecimento global?

• O tema “aquecimento global” foi escolhido por se tratar de um assunto que ganhou bastante notoriedade na mídia depois que a Organização das Nações Unidas, em 2007, divulgou os relatórios de seus estudos sobre a questão. A quantidade de notícias sobre aquecimento global que se espalham pelos meios de comunicação é imensa e as dúvidas quanto a sua veracidade também.

Aquecimento global: duas visões


• As reportagens usadas na realização desse trabalho tratam exatamente da mesma questão: a aceleração do processo de derretimento das geleiras e das calotas polares do planeta Terra.
Eis que vou trazer águas sobre a Terra.Gênesis 6,17.

Um pouco de história:
• A National Geographic Society foi fundada nos EUA em 1888 por 33 homens interessados em "organizar uma sociedade para o incremento e a difusão do conhecimento geográfico".

• The National Geographic Magazine, mais tarde reduzida a National Geographic, foi publicada pela primeira vez nove meses depois da fundação da sociedade.
Um pouco de história:


• A Revista Veja é uma revista semanal brasileira publicada pela editora Abril. Sua primeira edição foi publicada em 1968, e foi criada pelos jornalistas Victor Civita e Mino Carta. É a revista de maior circulação no Brasil e a quarta maior no mundo.

Aquecimento global: duas visões
Para Patrick Charaudeau:
• A reportagem jornalística trata de um fenômeno social e político, tentando explicá-lo. “Um produto social” significa uma série de fatos que se produzem no espaço público (mais uma vez, é preciso que seja de interesse geral), cuja combinação e/ou encadeamento representa, de uma maneira ou de outra, uma desordem social ou um enigma no qual o homem está implicado.
As capas
• A imagem na capa da National mostra uma pessoa parada sobre uma geleira, olhando as águas turbulentas que passam ao seu redor. A foto nos transmite a idéia de que o homem também é um ser vulnerável, que pode sofrer sérios prejuízos com o derretimento do gelo, causado pelo aquecimento global.
As capas
• Nela, um urso polar está à deriva, sobre uma pequena placa de gelo. Ao seu redor não há mais nada além de água. A imagem do urso é comovente e a linguagem usada na manchete é ameaçadora. Como se fosse uma premonição, ela avisa: “Aquecimento global: os sinais do apocalipse”.
As Capas
A frase “Os sinais do Apocalipse” faz referência direta ao fim do mundo. Abaixo dela, estão escritas quatro frases impactantes: O degelo dos pólos nunca foi tão violento, Os ciclones agora açoitam o Brasil, Os desertos avançam rapidamente, O nível dos oceanos ameaça cidades.
As Matérias
• A NG traz a seguinte chamada: “O fim do gelo. É fato: o aquecimento global está derretendo as geleiras e as calotas polares. Mas ninguém esperava que isso ocorresse com tanta rapidez”. Em Veja, o anúncio diz: “Apocalipse já! Já começou a catástrofe causada pelo aquecimento global, que se esperava para daqui a trinta ou quarenta anos. A ciência não sabe como reverter seus efeitos. A saída para a geração que quase destruiu a espaçonave Terra é adaptar-se a furacões, secas, inundações e incêndios florestais.”
As matérias
• NG: Começa citando a Estação de Esqui de Chacaltaya.
• “Ela nos deu muitas glórias”, diz Walter Laguna, presidente do clube de Montanhismo da Bolívia.
• “não há futuro para Chacaltaya.”

As matérias
• Veja: A reportagem é iniciada debatendo os recentes casos de canibalismo entre ursos polares.

• “Duas fêmeas, um macho jovem e um filhote foram atacados e comidos por um grupo de machos.” Veja também apresenta a estimativa de que os ursos podem desaparecer em vinte anos.



As matérias
• Quase cinqüenta anos depois, o entendimento sobre o fato de que "somos parte do equilíbrio natural" – como definiu a bióloga – pode nos ser útil diante de uma catástrofe global iminente provocada pelo aquecimento global. Como uma praga apocalíptica, as mudanças climáticas já semeiam furacões, incêndios florestais, enchentes e secas com tal intensidade que ninguém mais pode se considerar a salvo de ser diretamente atingido por suas conseqüências. (VEJA)
Veja anuncia um apocalipse com direito a furacões, incêndios e enchentes.
As matérias
• Em nenhum momento a revista NG relaciona o aquecimento global a esse tipo de manifestações naturais (furacões, enchentes, etc.)
• O máximo que se vê são frases como: “o degelo vai afetar milhões de pessoas que hoje dependem da água derretida das geleiras para irrigar campos, matar a sede e gerar eletricidade”.



VEJA X NG
• eja apresenta o problema do aquecimento global como sendo irreversível. Quando se refere aos debates sobre o que pode ser feito para barrar o fenômeno, ela é enfática: “O debate está morto e enterrado”.
• A visão defendida por NG é mais otimista. Um mesmo parágrafo diz:

• “Para muitos cientistas, ainda dispomos de tempo para interromper o processo se conseguirmos reduzir o consumo de carvão, petróleo e gás. se nada for feito nesse sentido, daqui a meio século estaremos diante de uma situação irreversível”.


Diferentes linguagens:
• Veja abusa da linguagem poética, o que pode ser visto em frases como:
• “mas como se pode escapar da armadilha que criamos para nós mesmos nesta esfera azul, pálida e frágil, que ocupa a terceira órbita em torno do Sol”.
• Em NG a linguagem é mais científica e mesmo as opiniões publicadas pertencem a pessoas exclusivamente ligadas ao meio científico mais renomado.
NG X VEJA
• Embora Veja também traga algumas informações de caráter mais científico, estas não apresentam nem mesmo de longe o volume de dados técnicos presentes em National, na qual podemos ler:

• “Com a aceleração do deslocamento da Jakobshavn, sua língua – a extremidade da geleira perto do litoral e que flutua sobre as águas do fiorde – começou a fragmentar-se e a retrair-se. Desde o ano 2000, a língua diminuiu em cerca de 6,5 km, contribuindo para o congestionamento de icebergs no fiorde”. (NG)
NATIONAL e o aumento da temperatura
• NG traz também o cientista Konrad Steffen, que monitora uma estação de pesquisa científica na Groenlândia. Ele afirma que “o clima no país vem se tornando mais quente de modo perceptível.” Desde 1993, as temperaturas subiram 5 graus no inverno. “Devia estar agora uns 20 graus abaixo de zero, mas ao invés disso está chovendo”, diz Steffen.
O científico e o alarmante
• No Oceano Atlântico, a temperatura da água está meio grau mais alta do que há vinte anos. Esse calor a mais altera o padrão de circulação dos ventos, provocando deslocamento de massas de ar seco para a região amazônica. A mudança impede a formação de nuvens, causando a escassez de chuvas. Em 2005, o fenômeno provocou a maior seca dos últimos quarenta anos na Amazônia. O Rio Amazonas baixou 2 metros. Mais de 35 municípios do Amazonas e do Acre ficaram isolados, sem comida, água, luz ou transporte. A grande seca pode se repetir a qualquer momento. (Veja)

Semiótica

Semiótica da Fotografia
Discentes: Cássia M. S. da Matta
Yuri Daltro
Semiótica:
É a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sígnicos, isto é, sistemas de significação (representação).
Semiótica da Fotografia:
É baseada na semiótica da imagem, e tem como principal característica, o fato de a foto funcionar como ícone e índice ao mesmo tempo.
Semiótica da Fotografia
• É a reprodução de aparente semelhança da realidade.
• Segundo Barthes(1980:97) “ a relatividade semântica da foto se refere ao fato de que a percepção de imagens fotográficas possui elementos culturais”, que são aprendidos e percebidos.
Ícone e ìndice
• A fotografia é um ícone por manter a relação de proximidade sensorial ou emotiva entre o signo, representação do objeto, e o objeto em si.
• O índice é parte representada de um todo anteriormente adquirido pela experiência subjetiva ou pela herança cultural.

Característica do sígno
• A principal característica do signo indicial é justamente a ligação física com seu objeto.
• A fotografia, é primeiramente um índice, pois é um registro da luz em determinado momento.
• O símbolo, de forma arbitrária estabelece relação convencionada entre o signo e o objeto.
Iconicidade da fotografia
• Para Gombrich, cita que a iconicidade contribui para a percepção da foto pela nossa preferência em observar o positivo numa fotografia; e que a percepção do negativo tem pouca correspondência com as relações óticas dos objetos que representa.
Iconicidade da fotografia
• Para Barthes (1980:86), a foto diferentemente da pintura, remete não apenas ao ‘objeto possivelmente real’, mas também a um ‘objeto necessariamente real’.
• A foto é representação referencial do objeto, não é a realidade mas a sua perfeição analógica.
Iconicidade da fotografia
• Pierce em sua definição de signo fotográfico, afirma que com respeito a sua relação com o objeto, por um lado como ícone que representa os objetos exatamente como são; como índice mantendo uma ligação física com o seu objeto, tendo a obrigatoriedade de correspondência ponto por ponto à natureza.
Iconicidade da fotografia
• Pierce em sua interpretação semiótica da fotografia, define o negativo da foto como legisigno porque através de um único negativo se pode produzir muitas como replicadas ( repetidas) do mesmo.
• Basedo na tipologia das funções pragmáticas da foto, Schaeffer (1987:130-139) a indexicalidade como a iconicidade são aspectos da utilização comunicativa da fotografia.
Iconicidade da fotografia
• A indexicalidade predomina na fotografia como um testemunho, descrição, ao passo que a iconicidade predomina como uma representação, uma demonstração.
• O signo fotográfico é ao mesmo tempo, um índice icônico e um ícone indexical. A ligação entre ambos é responsável pelo aspecto de referência na fotografia.
O signo fotográfico
• É o resultado de um processo de iconização da realidade visível dos objetos visuais materializados na expressão da imagem fotográfia.
• O código fotográfico é constituido de imagens distintivas diferenciadas com unidades mínimas de forma de expressão
Teoria Gestalt
• A teoria gestalt é baseada no princípio de que as coisas são primeiramente percebidas formando um todo. A definição de imagem é apenas um conceito verbal não clara. Uma imagem é a associação de dois conceitos matemáticos: resolução óptica ( capacidade de resolver detalhes, perceber a separação entre linhas de uma imagem), imagem acutância( define contraste local, brilho entre duas regiões vizinhas da imagem).

terça-feira, 1 de julho de 2008

O comportamento do consumidor nas suas decisões de compra
por : Cássia M. S. da Matta
01/07/08

O comportamento do consumidor sobre suas escolhas de compra é aprendido, através do desenvolvimento. Segundo Vygotisky nosso cérebro é flexível,se adapta e funciona dependendo do ambiente. Esse desenvolvimento é contínuo desde o nascimento, e é de natureza biológica.
A história cultural do ambiente no qual o sujeito está inserido alarga suas potencialidades de forma diferente de um sujeito para outro, e, certamente esse fator é bastante relevante nas suas decisões de compra. A cultura é o elemento determinante no nosso desenvolvimento psico-social, onde ninguém possui a mesma história, as mesmas preferências. Fatos ocorridos na história de cada pessoa definem sua singularidade em cada momento da vida.
A publicidade trabalha esses estudos relacionados ao comportamento dos indivíduos, buscando uma relação mais direta com o público no qual deseja atingir. Através da mediação dos signos, que é característica tipicamente humana de representação mental possibilitando o trânsito pelo mundo simbólico, interpretando o objeto mentalmente nós o remetemos a algo único, é a nossa representação do mundo.
Os signos são constituídos culturalmente através do desenvolvimento da capacidade de representação simbólica. È essa representação que indica o que queremos ou não, o que gostamos ou não. Tudo o que somos está relacionado à nossa história cultural, que foi desenvolvida desde o nosso nascimento e nos influencia não só nas decisões de compra como também no nosso comportamento social.
Os signos são representados através da linguagem: gestual, verbal ou escrita; aprendemos desde o nascimento a reconhecer os códigos da linguagem. A função básica da linguagem é a comunicação e posteriormente o pensamento, que é fortalecido na relação pensamento-linguagem.
O homem tem a capacidade de abstrair, generalizar e classificar, se tem à disposição um termo simbólico articulado, compartilhado e organizado com regras. No ato de comunicar através do choro, gestos e expressões faciais a criança faz intercâmbio social. Quando se desenvolve em razão do pensamento, surge a inteligência prática.
A cultura submete o sujeito ao mundo em volta dele; esse desenvolvimento de dá de fora para dentro, a aprendizagem promove o desenvolvimento do sujeito.
O ser humano está sempre em processo de aprendizagem, aprende uma palavra nova, a usar um produto novo etc. O ato de experimentar também é parte do aprendizado humano, quando provamos um novo alimento ou uma calça numa loja, estamos aprendendo algo sobre esse produto, se a experiência será boa ou ruim, não sabemos antes de provar.
As nossas escolhas estão baseadas no aprendizado adquirido no meio sócio-cultural no qual estamos inseridos, é nesse ambiente que aprendemos a preferir A ou B , até mesmo o nosso gosto alimentar, que é diferente em cada cultura.
O estudo do comportamento é muito útil na comunicação, que no mundo globalizado, está cada vez mais em busca de suprir as necessidades individuais, onde cada pessoa quer fazer parte do todo, mais ser única ao mesmo tempo. È o desafio dos Mass Media, atingir à todos, mas de forma individualizada.